Revisitar "The Grapes of Wrath"
Resumo
Esta proposta tem como objetivo revisitar o romance The Grapes of Wrath, de John Steinbeck, publicado em 1939. A análise incidirá sobre o modo como a obra se afirma, ainda hoje, como um entrelugar, um espaço literário onde a humanidade enfrenta a mudança—social, geográfica, climática, e uma divisão profunda entre os poderosos e os marginalizados. Ou seja, propõe-se uma leitura contemporânea do romance, procurando tornar visível o modo como Steinbeck, consciente da inter-relação entre o ser humano e outras formas de vida, bem como da crescente vulnerabilidade dos organismos sob ação humana, imaginou personagens e desenvolveu temas que ajudam a (re)pensar o nosso tempo.
Revisitar The Grapes of Wrath no século XXI afirma-se, pois, um exercício estimulante. As questões desse tempo mantêm-se pertinentes, nomeadamente a ideia de transformação. Ao longo narrativa, a transformação tem um papel essencial, não só através da deslocação física e espiritual das personagens, mas, também, na interpelação à mudança da mentalidade do leitor, evolução necessária para um co-habitar mais harmonioso e saudável na Terra. Em última análise, em The Grapes of Wrath as personagens cruzam diversas fronteiras, rompendo com as barreiras que separam o humano e o não humano, instigando o leitor a repensar outras formas de (melhor) habitar a Terra, dando voz ao que Aldo Leopold definiu como “comunidade biótica”.
Direitos de Autor (c) 2023 Isabel Maria Fernandes Alves
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