O insólito em "Memorial do Convento" de José Saramago
Resumo
Este estudo tem como principal objetivo a análise do insólito no romance Memorial do Convento (1982) de José Saramago e a identificação das características do realismo mágico nele presentes. Memorial do Convento tem como tempo histórico o reinado de D. João V, no século XVIII, e possui duas narrativas principais: a de Blimunda e de Baltasar, representantes da classe menos favorecida e a do rei e sua esposa, representantes da classe dominante. Assim, as vozes dos silenciados e dos oprimidos no passado têm grande relevância no romance e contribuem para o questionamento da história oficial, que foi escrita pelas classes dominantes. Por meio de elementos fantásticos, da ironia e do sarcasmo, o autor faz uma crítica social e leva os leitores a refletir, para além de evocar memórias coletivas indispensáveis para a construção da identidade nacional.
Partindo de uma metodologia qualitativa de base documental, este artigo visa contribuir para uma maior consciência do lugar cimeiro da obra de Saramago na agenda cultural da atualidade.
Direitos de Autor (c) 2023 Maria Luísa de Castro Soares, Jéssica Moretti da Silva
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Os Autores mantêm os direitos autorais dos seus textos e concedem à revista o direito de primeira publicação. A revista não cobra qualquer taxa aos Autores pela publicação dos textos. Os artigos serão licenciados sob a Creative Commons Attribution License, com reconhecimento da sua autoria e da publicação inicial nesta revista. Os autores têm autorização para disponibilizar a versão do texto publicada na Revista de Letras em repositórios institucionais ou outras plataformas de distribuição de trabalhos académicos. O conteúdo publicado é do domínio público (Public domain) e obedece ao sitema Open Access Journals.