A economia das trocas políticas: Familismo, nepotismo, patrocinato e clientelismo
Resumo
Este trabalho centra-se na política como cultura e demonstra como a localização geográfica periférica e modos costumeiros dos atores sustentam e normalizam as relações políticas comunitárias, orientando-as para práticas de familismo, nepotismo, patrocinato e clientelismo.
A pesquisa aborda as interações políticas de uma comunidade, socorre-se da análise crítica do discurso, alicerça-se na auscultação entrecruzada dos atores da política e sustenta-se nas perspetiva fenomenológica e etnometodológica para produzir uma análise compreensiva das estratégias de ajuizamento e conceção prática das relações de e para com o poder.
O estudo comprova como as condutas formadoras de uma cultura política variam de acordo com a geografia da sua produção, sendo estas o resultado de idiossincrasias marcadamente vincadas por forças cujos componentes patenteiam-se na forma de relações socioeconómicas. Contribuem para esta realidade fatores localizados na endogénese das estruturas sociais locais, responsáveis pela transformação dos atos de gestão política, em relações particulares de manifestação de poder pessoal, convertidos em poder económico.
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